Capitulo 4 — O teste do mordomo parte 2.
O pigarrear de uma garganta fez o
garoto para de contemplar sua obra de arte, pois fazer todas as empregadas
trabalharem era algo realmente esplêndido, nem mesmo Remilia conseguia obter
tanta devoção, e ela era a dona do local.
— Bem temos ainda que cozinhar as
guloseimas e preparar o chá.
O tom de Sakuya volta à calma de
sempre, mesmo seguido do choque que sofrerá a pouco, a chefe das empregadas
mantinha a pose e elegância. Em seu ímpeto ela ainda desejava encontrar uma
falha grave no rapaz, que o impedisse de retornar ao convívio delas.
— "Quero ver se escapa da próxima!"
Logo ambos estavam na cozinha, e
sobre a grande mesa, vários materiais descansavam.
— Prepararemos alguns bolos e
outros doces, além de biscoitos e o chá. Alguma pergunta?
— Não, nenhuma!
O rapaz olhava para todos os
materiais sobre a mesa calmamente.
— "Vejamos suas qualidades meu rapaz!"
Sakuya começou a cozinhar e
repassava as ordens, as quais eram concluídas com êxito pelo garoto, em pouco
menos de uma hora todos os doces já estavam assando no grande forno a lenha.
— Shino pode tomar conta, você só
precisa ficar de olho para que eles não queimem. Eu preciso me ausentar por uns
instantes, necessito ir ao toalete.
— Sem problemas, eu fico de olhos
neles para você.
O rapaz respondeu enquanto batia
outra massa. Sakuya saiu do recinto mais levou quase uma hora para retornar. Em
seus pensamentos encontraria um pandemônio na cozinha, pois os doces tinham
tempo de cozimento diferente e sem os devidos cuidados os mesmos queimariam ou
“solariam”. Mas estava tudo perfeito, já acomodados em bandejas, os bolos
estavam confeitados, e o cheiro do Earl Grey completava a mesa.
— Sakuya-san, tomei a liberdade
de finalizar a preparação da mesa, espero que não se incomode.
— Não de jeito nenhum, fico grata
pelo serviço.
— A propósito, gostaria que
prova-se primeiro este doce que eu fiz, é um Foret Noire, eu aprendi com um grande
mordomo, um velho amigo que cuidava de um conde de pouco mais de treze anos,
mas como não o cozinho a bastante tempo, por isso, não estou certo se o
fiz direito.
— A claro, deixe-me ver.
Ao colocar um pedaço do doce em
sua boca, lágrimas escorreram de seus olhos, os olhos de Sakuya tremiam de
excitação, aquilo estava divino, simplesmente maravilhoso. Ela que sempre
cozinhou para as demais estava agora provando um prato feito por outro e tendo
o prazeroso sentimento de deliciar-se com um belo doce.
— Espero que tenha gostado!
Shino olhava para a expressão de
prazer da mestra do tempo-espaço, seus olhos rubros eram maliciosos, uma raposa
sorrindo de uma grande vitoria. Notando a cena que a mesma se colocou, Sakuya
se consertou e voltou à expressão peculiar.
— Bem... está bom... vai agradar
nossas mestras. E já esta na hora de servi-las.
Ela conferia o horário no relógio prateado que
carregava entre o busto.
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