18 de julho de 2013

Touhou 8DX, a saga continua!

Talvez poucos saibam, mas eu narrei um PBF (Play by Forum) no forum da Jambô Editora, intitulado Touhou 7DAX, que acabou a pouco tempo. Eu agora comecei outro, uma "segunda temporada" e aqui vai o inicio deste novo conto.


TOUHOU 8DX

A luz singela da Lua ilumina uma jovem, cabelos azuis, olhos vermelhos, asas negras de morcegos, sua mão esquerda segura um violino, que logo ela ergue e posiciona entre o ombro e o rosto. A direita traz um arco de madeira adornado com uma fita vermelha, ela então o ergue, pondo o mesmo em contato com as cordas do instrumento...

A violinista

O doce som do violino, tocado pelas mãos gentis da carismática vampira, deu inicio a melodia, seguida em qualidade pela orquestra de fadas... Mais de seis meses passaram do fim da guerra, e hoje era realizada naquele jardim murado pelas rubras paredes uma festa, uma festa para festejar o retorno de sua mãe, uma festa para homenagear os servos e amigos queridos, que partiram.

A melodia era bela, um tanto triste, lenta e harmônica, cada nota sentida não pelos ouvidos, mas sim pela alma, tamanha a determinação da mestra da mansão em sua música, que vocês partilhavam do sentimento que ela passava, alguns deixaram lágrimas escaparem...




* Um jovem garoto, apertou a mão de uma youkai, visivelmente se via que ela era mais velha (aparentava 17 anos, junto a um garoto de uns 12), seus olhos se encontraram; algumas pessoas olharam para céu enquanto os olhos derramavam gotas salgadas; uma jovem serrou o punho deixando-o próximos ao peito enquanto os olhos se mantinham fechados; cabeças encontraram ombros; abraços se tornaram mais apertados.* 


Outra garota entrou no “palco” a passos lentos, de cabelos dourados, olhos vermelhos e asas estranhas, como se fossem feitas de ferro e cristais, ela se aproximou da violinista, em sua mão esquerda uma flauta transversal, que logo foi erguida até seus doces lábios, os olhos rubros da mesma encaravam o violino, esperando a nota certa para começar a tocar, e esta veio. 

A flautista

... foi então que o ritmo mudou, a loira se juntou a orquestra, tocando seu instrumento, a violinista a acompanhou, e o lugar foi tomado pelo quente sentimento da alegria.

Após a musica, ambas desceram do “palco” de mãos dadas, sobre os aplausos do público e juntaram-se a uma mulher, loira, de farto seios e vestes vermelhas, tão qual seus olhos, a mesma trazia nas costas nuas pelo vestido, dois pares de asas, um igual a da violinista, um igual ao da flautista, assim ela se juntou as artistas e as três, Remilia, Flandre e Adelaide (personagem original, a mãe das irmãs Scarlet) seguiram para recepcionar os convidados. 

Boa parte das “lendas” de Gensokyo estava participando, o que trazia muito trabalho para Sakuya, a empregada chefa. Mesmo assim, a festa estava impecável, várias mesas estavam postas, a brancura das toalhas de linho pareciam ainda mais alvas sobre a luz do luar, sobre estas mesas havia banquetes. A comida, salgados, doces, frios, e pratos de fino trato, estavam deliciosos. Bebidas de todas as partes do mundo, muitas “importadas”, faziam o paladar de todos (inclusive dos Onis) aguçarem a cada taça, e para aqueles que não ingerem alcoólicos, chás e outras bebidas, de todos os tipos eram servidos.

Passado mais ou menos uma hora do inicio da festa, Remilia novamente roubou os holofotes, pedindo a atenção de todos.


No céu, voando a 5 metros do chão, a jovem mantinha os braços abertos, as palmas abertas um pouco acima da cintura.


— Senhoras e senhores... amigos... conhecidos... servos leais... e família.

— A mais de seis meses nossa terra foi atacada, aquele dia não mais será esquecido.


Ela gesticulou rápido, terminando o movimento com a mão esquerda fechada, seu rosto se movimentou de um lado para outro, retornando ao final para posição inicial. 


— Dia que as terras se mancharam de vermelho, vermelho do sangue dos youkais, do sangue dos humanos.

— Naquele dia, provamos do medo, medo que a muito nós infligimos.

— E vimos à coragem de uns, que lutaram de todos os jeitos para proteger quem lhes era querido, mesmo que isso lhe custasse à vida.


Ela gesticulou novamente, desta vez a mão esquerda foi abaixada e se fez aberta, a direita se ergueu até a altura do peito e se fechou, os olhos foram ao céu e uma lágrima correu.


— Fortes protegeram fracos, fracos se juntaram para lutar, para persistir, mesmo que a derrota fosse eminente.

— Um dia que nasceu heróis, bravos que arriscaram tudo, suas vidas, seus desejos, que enfrentaram males acima de todos os males, terrores ancestrais que por séculos, teceram planos para controlar nossa terra, para reviver neste mundo e findar outros mundos.


Novamente estava de braços abertos, seus olhos novamente se voltou aos participantes, mas seus olhos encontraram um jovem vampiro que assistia a cena de um lugar calmo.


— Hoje agradecemos a todos... aos que viveram e venceram... aos que morreram pelo que é certo. A eles deixo essa singela homenagem...


Remilia saiu dos holofotes que agora iluminavam dois grandes objetos cobertos por cortinas, estas que logo caíram revelando uma estatua e um gigante epitáfio.  A rocha da direita, moldada em um humano e uma youkai, felizes, vencedores, bradando aos céus sua conquista, eles haviam vencido os inimigos, protegidos os amigos. A rocha da esquerda trazia entalhada nomes, de humanos e de youkais, ali juntos como iguais, pois na morte não há diferença. Um minuto de silêncio foi feito, em respeito a todos e a festa recomeçou... mas parou novamente com a chegada súbita de uma pessoa não convidada.

Não muito distante do centro da festa, surge, em meio a borboletas douradas, uma mulher, bela, de cabelos longos negros, olhos vermelhos, vestida de preto e rubro. A garota chama atenção de todos, que logo se voltam a ela, ela parecia confusa, olhando a sua volta, procurando alguma coisa, Remilia foi ao seu encontro, levitando para próxima da desconhecida.

A garota desconhecida

— Boa noite! Você me parece perdida, posso ajuda-la?

— Ah! Sim... boa noite... realmente não sou daqui... um amigo meu... a muito deixou de responder minhas cartas... fiquei preocupada e hoje, decide visita-lo.

— Entendo! Talvez seu amigo esteja na festa, se incomodaria de me dizer seu nome? Eu sou Remilia Scarlet, mestra desta mansão.

— De jeito algum me incomodaria, milady! 


A mulher desconhecida se curvou a jovem, a mão direita frente aos seios, à esquerda livre, apontando para trás, um dos pés foi à frente do outro, enquanto seus olhos se fecharam enquanto fazia a mensura, mas logo voltou à posição inicial.

— Sou a líder das sete irmãs do purgatório, Lúcifer do Orgulho.


Foi sutil, mas todos notaram, a energia espiritual de Remilia cresceu no mesmo instante que a mulher pronunciou seu nome e assim a lança rubra surgiu em sua mão. De olhos bem abertos, da seriedade de seu rosto, do modo como esmagava o cabo rubro, ela "saltou" em direção à mulher que há instantes ela se propunha a ajudar. A luta ganhou os céus, Remilia jogava tudo sobre a desconhecida, que se defendia como podia, ela não conseguia revidar, pelo menos não com Danmaku, mas era rápida, se aproximando e atacando com uma lâmina de energia roxa que se projetava acima de seu braço direito, mesmo assim, seus golpes não eram efetivos. Em uma dessas investidas, a vampira rebateu com violência a lâmina, abrindo completamente a defesa da garota, a lança rubra foi em direção ao volumoso par de seios... mas foi parada por uma parede de gelo que se formou frente a ela.

— É assim que recepciona seus convidados, Maga das Semanas?

Outra mulher apareceu, era jovem, de altura semelhante a da maga da mansão, que a duras penas fora trazida para fora da sua biblioteca. Ela não mais quis sair de lá, depois da morte “dele”.

A maga protetora

— Lady Bernkastel! O que te trás aqui?

— PATCHEE, O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI, QUEM É ELA?

Remilia estava irritada, descontrolada, descontava sua raiva em cima da própria amiga, a maga mestra da gigantesca Voile, a maior biblioteca mágica do mundo.

— Acalme-se um pouco Remi... Não sei por que está tão irritada!

— PORQUE ESTOU IRRITADA? POR QUÊ? POR CAUSA DELA, POR CAUSA DESSA DIABA, QUE AQUELA PEDRA FOI ENTALHA, POR CAUSA DESSE SER MUITAS AMIGAS MORRERAM, POR CAUSA DELA PERDEMOS O SHINO!

— EIIIII, como assim por minha causa, e como assim perderam o Shino?

— CALADA, POR SUA CULPA TANTAS PESSOAS MORRERAM... LÚCIFER.

Os brancos dentes rangiam ao se encontrarem com violência, os “rubis” da vampira mantinham-se fixos na garota de veste rubro negras. Ainda no chão os outros comentaram, principalmente ao ouvirem as ultimas palavras de Remilia. Mas outra reviravolta se fez, como as outras mulheres, uma terceira surgiu, em meio a borboletas douradas.

— E por acaso, duas pessoas não podem ter o mesmo nome?

Surgia agora outra garota, um pouco mais baixa que a que protegeu a primeira com sua magia, esta vestia roupas rosa, e tinha cabelos loiros curtos.

A última visitante

— Lady Lambdadelta! Você também!

— Oi, Patche-chan, há quanto tempo!

— Lambda, o que veio fazer aqui?

— Ora, vim te procurar! Quando acordei você não estava mais sobre nossa cama, e já é hora do nosso Tea Party (festa do chá)!


Os ânimos se acalmavam por hora, as mulheres continuaram a conversar e depois disso seguiram para dentro da construção carmesim, a festa continuou...

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