10 de janeiro de 2013

Touhou Project: Gensokyo Rising Love Ep3


Capitulo 3 – O teste do mordomo parte 1.

Sakuya era leve, talvez mais leve que uma pena de canário, seus passos eram macios e calmos, tanto que nem deixavam marcas no tapete vermelho com detalhes dourados, que cobria todos os corredores da grande mansão.

— Estranho, tenho a impressão de que este corredor era bem menor, na época que eu vivia aqui.

Shino se impressionou com a distância que percorria das escadas que levava a Grande Voile ao salão principal da mansão rubra. Os doces lábios da mulher se afastaram, deixando a brancura dos dentes brilharem num sorriso malicioso. Ao chegaram ao centro da construção Sakuya voltou-se para o rapaz, as safiras encararam os rubis e os carnudos lábios proferem as ordens:

— Amanhã será o Hanami do templo Hakurei, Ojou-sama sempre providencia as bebidas, mas normalmente eu também faço alguns pratos para levar. Hoje temos muitas tarefas, primeiro devemos limpar a mansão, depois cozinharemos as guloseimas, em seguida serviremos o chá da tarde.


O garoto voltou-se a se, mantendo uma das mãos frente à boca e o outro dando suporte ao primeiro, os olhos voltados aos membros superiores.

— Pelo tamanho atual da mansão acho que teremos que usar todas as empregadas fadas para concluir esta limpeza...

Outro sorriso carregado com o mesmo sentimento do anterior se fez presente na face da empregada chefe.

— Ojou-sama deve ter se equivocado quando salientou suas qualidades. Usar este bando de “come e dorme” para realizar a limpeza apenas vai piorar a situação.

Sakuya recuou a perna direita com velocidade e com a mão correspondente apresentou as ajudantes que Shino sugeriu. As fadas estavam dispersas por toda mansão, podia ser contadas com os dedos das mãos as que estavam realizando tarefas, as demais estavam fazendo tudo, menos o trabalho. Tinha as que estavam fofocando, as que estavam pintando as unhas, as que estavam jogando Nintendo DS, as dormindo, as que brincavam de pega-pega, umas em duelos Danmaku e outras escondidas fazendo um lanchinho. Shino fechou os olhos e balançou a cabeça, depois caminhou em direção a mão de Sakuya e se pondo a frente desta, retirou a luva da mão direita e pois os dedos indicador e polegar entre os lábios. Um som agudo foi ouvido por toda a mansão...
...

O olhar doce se mantinha nos olhos de Marisa, o “veneno” da mordida de Remilia ainda se mantinha eficiente no corpo da maga.

— Ela vai ficar assim boba por quanto tempo?

Reimu já estava impaciente, não aguentava mais olhar aquela cara de garota apaixonada que Marisa tinha estampada no rosto.

— Calma Reimu-san, a Marisa-chan deve permanecer assim até amanhã.

— O quê! Até amanhã! Eu não vou esperar isso tudo, tenho que limpar o templo para a festa.

Remilia olhou novamente para Reimu e sorriu.

— Esta preocupada em deixar Marisa aos meus cuidados, não se preocupe, eu não vou beber o sangue dela... não mais por hoje.

Reimu novamente disparou aquele olhar reprovador. Remilia sorriu novamente.

— Adoro ver você assim!

Foi então que um agudo som correu por toda a mansão.

— Então Reimu, o que você acha das empregadas de nossa mansão.

— Por que a pergunta repentina? — Uma expressão interrogativa podia se ver no rosto da sacerdotisa.

Um sorriso infantil se formou nos rostos das irmãs Scarlet.

...

Da entrada da gigantesca construção uma porteira levada dormia tranquilamente, mas um som agudo lhe tirou do mundo dos sonhos. Ela levantou em um salto e se virou para a mansão.

— Sakuya-chan, vai ficar impressionada! Rsrsrsrsrsrs

...

O salão principal ficou pequeno em segundos, todas as empregadas fadas da mansão do demônio escarlate, se enfileiraram tanto verticalmente, quanto horizontalmente. Shino andou de um lado ao outro, e por onde andava era seguido pelos olhos de todas as serventes. Ele então parou novamente no meio e respirou pesado. Colocou a mão direita, que já se encontrava vestida novamente, a mesma cobriu os olhos do garoto, foi então que uma gota escorreu por entre os dedos.

— Não acredito que, é só eu ficar um tempinho longe, que vocês esquecem tudo que eu ensinei.

Num instante o garoto era rodeado pelas mais próximas.

— Shino-sama, não é assim...

— Shino-sama, me desculpe eu...

— Eu fiz o Shino-sama chorar, eu mereço ser punida...

— Shino-sama, vem cá, eu te dou colinho...

­—Não chora Shino-sama, se não... se não... eu vou chorar também... bbbbbuuuuuuaaaaaaaa...

Shino então agarrou a mão da primeira que viu e olhou nos olhos dela.

— Temos muito trabalho, e sozinho eu não consigo, vocês vão me ajudar?

O olhar do rapaz era radiante, mesmo entre as lágrimas. Um coro alto ecoou.

— Sim!

E então as fadas se dispersaram, elas caçaram as vassouras, os panos e baldes, cataram os produtos de limpeza e se dispersaram por todos os cômodos, limpando cada canto, cada milímetro da mansão. No salão Sakuya permanecia de boca aberta, estática, e seu espanto só findou quando seus olhos fitaram quando o garoto guardou num bolso interno do fraque um pequeno frasco, com um rotulo escrito, “Lagrimas 100% falsas, Acme”

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