5 de novembro de 2012

Touhou Project: Gensokyo Rising Love

Capitulo 1: O retorno do mordomo.


Cheiro forte de mofo era sentido por todo lugar, nauseando a todos que se encontravam no recinto; era dia de limpeza na Voile, a grandiosa biblioteca localizada no subsolo da Scarlet Devil Mansion. Mas das sete pessoas que se encontravam no recinto, apenas duas realizavam a limpeza. Sakuya e Koakuma revezavam-se em tirar o pó dos livros, limpar as prateleiras, o chão, as pouquíssimas janelas que emprestavam um pouco de ar fresco a gigantesca biblioteca e ainda servir chá as suas senhoras e convidados.

Um pouco longe dali uma Youkai de longos cabelos ruivos aproveitou-se para tirar uma soneca. Sobre uma cadeira de praia de madeira branca ela apreciava seu cochilo despreocupada; seu dever naquela mansão era proteger os portões da mesma evitando a entrada de qualquer intruso, mas naquelas condições não podia notar a aproximação de um jovem vestindo roupas negras.



As mãos cobertas por luvas brancas afagaram carinhosamente o rosto da mulher preguiçosa; e está como um gato manhoso se deixou ser mimada. Até a voz levemente aguda destruir o transe que ela estava.


— Eu vejo uma gatinha levada dormindo em serviço!

Os olhos verdes se abriram rapidamente com o susto, ela fitou o lindo rosto do garoto que lhe fazia carinho.

O rabo de cavalo longo preso por um laço azul balançava pela rajada de vento que os atingia, as roupas negras de mordomo, limpas e bem cuidadas davam um ar adulto e sereno para o jovem que não parecia ter mais de 14 anos.

— Ojou-sama não vai gostar nada de saber, que essa porteira preguiçosa estava dormindo em serviço.

O jovem dominava a mulher com o toque carinhoso, ela derretia-se toda diante as caricias dele. O calor da mão coberta aquecia-lhe o rosto mais que o próprio sol, submissa, dócil  ela se entregava como um animal de estimação a seu dono. A voz saiu tremula de sua garganta, não de medo pelo comentário que o garoto fez, mas por quê era difícil pronunciar algo tamanho o prazer das caricias que sentia.

— Shi...no-chan; po...deria manter se...gre...do dessa peque...na falha?

O garoto esfregava o queixo liso com a outra mão enquanto fitava o céu azul. Por alguns segundos manteve-se nessa posição, até que, olhando novamente no rosto da garota, acenou com a cabeça uma resposta positiva. 

— Ojou-sama está em casa? - Ele separou sua mão da face da garota.
— Sim, ela está na Voile, parece que a sacerdotisa vermelha e branca e a maga branca e preta estão lá também.

O garoto a agradeceu, ele delicadamente beijou as costa da mão da moça. A mulher sentiu o calor dos lábios macios do rapaz tocando sua pele nua. O rosto corou rapidamente, ganhando um tom escarlate tal qual a própria mansão. Em seguida ele entrou pelos largos portões da construção.

...

— Conto novamente com a presença dos integrantes da Scarlet Devil Mansion no Hanami de amanhã! - Reimu barganhava com Remilia a presença de todos na festa ao ar livre, mas seu interesse era outro.

— Sim, estaremos lá! — Remilia exibia um sorriso sarcástico enquanto acariciava os cabelos da irmã mais nova que dormia tranquilamente com sua face no colo da mais velha. — Se bem que acho que o seu convite me parece mais direcionado a nossa adega.

Reimu engolia a seco o comentário da vampira, pois não era nenhuma mentira. Desde o incidente da Noite Escarlate, todos os anos eram os integrantes da mansão que levavam as bebidas.

No outro lado da mansão, Patchouli dava as ordens as serventes enquanto analisava os livros que Marisa já carregava em seu chapéu.

— Essa água está imunda, vocês poderiam troca-la? 

— Espere um pouco Marisa eu quero ver os livros que você vai levar.

— Esse e esse, tem esse aqui também. - A garota loira entupia seu chapéu negro com dezenas de livros diferentes, mas a senhora da biblioteca não parecia se importar tanto com isso, ela já havia se acostumado. Mas o rosto sereno da bruxa mudou de expressão rapidamente, pois a garota loira depois de pegar mais 10 outros livros agarrou um de capa dourada.

— Não Marisa, esse NÃO! — Patchouli alterou seu tom de voz, uma atitude muito rara, e voou em direção da maga branca e preta, mas essa esquivou-se da investida da outra subindo rapidamente em sua vassoura.

— Calma Patchee, não precisa se preocupar, quando eu morrer você pode pegar ele de volta. — Um sorriso largo se desenhou no rosto da loira que tratou de fugir.

O silêncio da biblioteca foi quebrado pelas explosões de varias bolas de fogo, assustando Reimu e Remilia e acordando Flandre, Patchouli perseguia Marisa tentando evitar que ela fugisse.

— Pode levar QUALQUER outro livro, mas esse NÃO, eu imploro Marisa todos MENOS ESSE. Patchouli suava muito, pois a doença lhe roubava as forças e o ambiente no dia de limpeza era ainda mais prejudicial a ela, algumas poucas lagrimas escorriam de seus olhos embaçando ainda mais sua visão.

— Eu imploro, alguém por favor, PARE ELA! —  Patcholi sentiu-se tonta e perdeu o equilíbrio  A bruxa de longos cabelos roxos caia rapidamente em direção ao solo, mas antes de seu choque com o chão, ela foi carregada por braços gentis.

— Se é seu desejo minha senhora, será feito. — Os olhos vermelhos daquele que protegeu a bruxa brilharão intensamente.

...

Marisa alcançava uma das janelas mas logo quando ia atravessa-la sentiu seu pé esquerdo ser preso por algo. Ela virou o rosto para ver o que a segurava e seus olhos enxergaram uma longa corrente negra que a prendia diretamente ao solo.

— Que merda é essa? Marisa tentou livrar-se da corrente mas uma segunda amarrou o seu pulso direito.

— Ahnn! O que... Aaaaaaaahhhhhhhh — Marisa gritava enquanto era balançada no ar, nove outras correntes a prenderam e arrastavam-lhe direto ao solo. Seus pulsos, braços, coxas, canelas, cintura, peito e pescoço estavam presos.

O súbito movimento fez com que seu grande chapéu caísse no chão, espalhando todos livros que ela havia pego, incluindo o de capa dourada. Este foi recolhido por uma mão coberta por uma luva branca.

— Hoje não tem livros para você, loirinha.— O jovem de cabelos longos e roupas de mordomo, caminhou de volta em direção a bruxa doente, colocou o livro sobre os volumosos seios da garota e moveu-lhe as mãos para que ela abraçasse o mesmo.

O mordomo misterioso carregou Patchouli em seus braços, levando a princesa debilitada em direção ao quarto dela, por algum motivo ele sabia a direção do mesmo. 

— Obrigada Shino-san! Patchee agradecia ao príncipe vestido de serviçal que realizou seu desejo, e sem nenhuma vergonha encostou sua cabeça no peito do garoto, sentido o calor do corpo do rapaz.

...

Neste instante Sakuya e Koakuma que haviam saído da Voile para trocar a água dos baldes retornavam a mesma.

— Patchouli-sama! — Koakuma gritou o nome de sua mestra com preocupação, enquanto voava em direção ao jovem que a carregava.

— Koakuma-chan, poderia abrir a porta do quarto da senhora, ela precisa descansar um pouco.

— Claro Shino-senpai! — a pequena diabinha se apressou e abriu as portas do aposento, acendendo as velas para iluminar o caminho do rapaz.

Ao longe Reimu que assistia a cena vê Flandre pular do colo de Remilia e ir saltitando em direção ao quarto de Patchouli.

— Shino-nii-chan veio nos visitar! — A vampira loira parecia muito animada.

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